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GOD OF WAR: CHAINS OF OLYMPUS

A história de Chains of Olympus, no início, é um pouco confusa e há um ou dois pontos que apenas são “jogados no ar” e que depois são também totalmente esquecidos, mas nada que não seja esclarecido nos games futuros. Tudo começa com um ataque dos Persas, em que Kratos intervem a mando dos deuses e de Athena. Os Persas trouxeram como arma, um Basilisco que é logo abatido por Kratos e seu líder ainda tem um Gênio, que em seguida se torna “servo” do protagonista, este faz o papel da Fúria de Poseidon no GoW 1… mas espere um pouco… um Gênio?


GOD OF WAR: CHAINS OF OLYMPUS.

Sim, além de “God of War 1” e “2” do PS2 (e suas versões remasterizadas posteriores), existem mais dois games que são bastante desconhecidos, trata-se de “God of War: Chais of Olympus”, que se passa antes do primeiro título lançado da série, e “God of War: Ghost of Sparta” (o qual falaremos nas próximas edições) que tem seu lugar entre o primeiro e segundo GoW do Ps2; tendo sido lançados originalmente para PSP (NOTA: é totalmente possível jogá-lo em HD no PC via emulador “PPSSPP”, assim como no Android), mais tarde, os games receberam também versões em HD na PSN, para PS3, PS4 e PS5 em diante.


Bem, falaremos hoje sobre um game de PSP muito especial: GOD OF WAR: CHAINS OF OLYMPUS; então é melhor começar falando sobre as diferenças que existem entre um GoW de PS2 e de PSP: embora os gráficos do PSP tenham sim um nível muito semelhante aos do PS2 (em certos casos, até superior), de modo geral, ele ainda tinha algumas limitações, principalmente no tamanho dos jogos, tanto graficamente falando, pois precisava de certa “economia” na hora de armazenar todas as texturas e efeitos, como também na duração das campanhas. Chains of Olympus é um game menor que GoW 1, por exemplo, além de ter gráficos um pouco inferiores nos modelos dos personagens (percebemos isso principalmente nas personagens femininas…), mas, ainda assim, são bonitos e o downgrade, acaba passando mesmo uma impressão de primeiro game da série.
Por conta do portátil, a jogabilidade também acaba sofrendo outro downgrade, já que falta o segundo analógico, então a esquiva é feita pressionando L e R juntos (também não há R2 e L2), embora isso não seja um problema, pois, depois de se acostumar com os comandos você notará que ainda é God of War!
Se comparados aos outros games, quantidade de ataques de Kratos é um pouco menor, você, com certeza, sentirá falta de um ou dois golpes, mas o lado positivo, é que isso também ajuda a se ter a impressão de que este game realmente vem antes do 1 (embora tenha sido feito depois), recomendo muito que o jogue antes do primeiro GoW se ainda não conhece a franquia ou se tem a intenção de re-jogá-la desde o início, tal qual nossa equipe o fez.
A história de Chains of Olympus, no início, é um pouco confusa e há um ou dois pontos que apenas são “jogados no ar” e que depois são também totalmente esquecidos, mas nada que não seja esclarecido nos games futuros. Tudo começa com um ataque dos Persas, em que Kratos intervem a mando dos deuses e de Athena. Os Persas trouxeram como arma, um Basilisco que é logo abatido por Kratos e seu líder ainda tem um Gênio, que em seguida se torna “servo” do protagonista, este faz o papel da Fúria de Poseidon no GoW 1… mas espere um pouco… um Gênio?
Sim exatamente, um Gênio como o de Aladim, contudo, esta não é uma criatura existente apenas nesta história: Gênios são descritos, inicialmente, dentro do Islamismo (Aladim é um conto islâmico), eles seriam um tipo de “raça de espíritos” que, segundo a doutrina: os Anjos não têm o livre arbítrio, portanto não poderiam se rebelar e se tornarem demônios, ou anjos caídos (existe diferença entre ambos), entretanto os Gênios o têm (o livre arbítrio, isto é, o direito de tomarem decisões), então todos os demônios que se rebelaram a Deus, não seriam anjos em seu início, mas sim Gênios, que fizeram uso de sua “liberdade” para escolherem o mal.
Fora o Gênio que “controlaremos”, também enfrentamos outros durante o game, e diga-se de passagem, além de ser bem curioso ver Gênios na mitologia Grega (claro que GoW sempre alterou totalmente tais lendas a ponto de ficarem até irreconhecíveis) o que também nos deixou perplexos, foi o fato deles se parecerem tanto com o Sauron das obras de Tolkien…
Continuando: após a derrota dos Persas, o Sol simplesmente caí do céu diante dos olhos de Kratos e, nesse ponto, testemunhamos como a narrativa de GoW sempre foi medíocre (Nota: medíocre na verdade significa “mediano”, ou seja, nem bom, nem ruim; perceba: MEDÍOcre) pois, nesta cena, entra a narração de Gaia somente para dizer que Kratos ficou surpreso com a queda do Sol!
Hora, todos aqui ficamos surpresos, por que ele não ficaria?
Bem, mas como nosso protagonista é uma “porta sem sentimentos” é necessário este tipo de narração de coisas óbvias que só não são tão obvias, porque Kratos não expressa emoção e esta tem que ser dita ao jogador, mas… pensando por outro lado: essa forma de narrativa também nos lembra das HQs antigas de antes da década de 80, não acha?
Conan o Bárbaro, por exemplo, tinha uma pegada semelhante, além de um modelito semelhante ao do Kratos (se é que me entendeu) “então, é provável que isto seja intencional e não uma deficiência da narrativa que é na realidade perfeita”!
Diante da queda do Sol, Athena vem até Kratos e diz que, sem o astro no céu, Morpheus, o deus (primordial) do sono, trará a noite eterna a Terra e todas as criaturas, incluindo os deuses, que já estão mergulhando num sono profundo e cabe ao Fantasma de Esparta devolver o Sol ao céu e deter Morpheus; então a história segue, mesmo sem que o deus do sono, o suposto vilão do game, jamais dê as caras… até que, descobrimos que outra pessoa era o vilão e novamente ficamos na dúvida se a narrativa de GoW realmente é boa ou ruim…
O Sol mergulhou no submundo, os domínios de Hades (não seria GoW se Kratos não fosse para o Tártaro não é?) então, após restaurarmos a Biga Solar de Apolo… quero dizer… Hélio.

NOTA: Certamente, há divergências entre fontes, porém, “tecnicamente” Apolo seria o deus Sol, sendo ele um Olimpiano, já Hélio, que é apresentado como deus do Sol no game, seria, na verdade, um Titã; claro que isso não tem a menor importância e com o passar do tempo e o “avanço do mundo antigo”, ambos se tornaram a mesma figura, mas acho interessante citar estes detalhes…

Enfim… Com o “veículo” de Hélio restaurado, Kratos vai até o Tártaro em busca do Sol, e lá, encontramos um submundo “repleto de luz e vida”, diferente dos outros games da série; mas, igualmente a Morpheus, Hades nem dá as caras… talvez estivesse escondido em algum lugar em posição fetal, já que segundo a mitologia, ele não é muito fã do Sol…
No Tártaro encontramos também o Titã Atlas acorrentado, enfrentamos e matamos o barqueiro Caronte, antes de, finalmente, encontrarmos a verdadeira vilã deste game: Perséfone!
A participação da deusa e rainha do submundo é bastante interessante, sem dúvida, o ponto alto da trama, pois, fora ela a derrubar o Sol com ajuda de Atlas. Nas mãos do titã, tal poder seria o bastante para destruir o pilar que sustenta o mundo (e o Monte Olimpo), mergulhando a Terra no caos.
Perséfone odeia os deuses por ter sido “enganada” por Hades e fora por isso que libertou Atlas: segundo a mitologia, Deméter e sua filha, Perséfone, eram deusas da colheita, mas Hades se apaixonou por Perséfone vindo a a sequestrá-la quando rejeitado. No submundo, Hades deu a sua amada uma romã e esta a comeu, por conta disso, ela ficou ligada ao mundo dos mortos e não mais poderia abandoná-lo. Deméter se entristeceu e ficou ao lado da filha no submundo, porém, sem a deusa, a fome começou a assolar o Mundo, então Zeus ordenou que ambas voltassem a Terra, mas Hades exigiu que Perséfone permanecesse por um terço do ano no submundo; desta forma, durante este período do ano, Deméter sente a falta da filha e o mundo mergulha no inverno, até que Perséfone retorna trazendo a primavera.
Mesmo tendo muito em comum, já que Kratos, durante todo o game, se mostra cansado e insatisfeito com os deuses, é seu dever deter o plano da deusa, mas, aquilo que ela lhe proporia, ninguém imaginaria (que rimaria…): Perséfone oferece reuni-lo com sua filha, Calíope (nome de uma das Musas), já que ela está nos Campos Elísios e obviamente Kratos jamais alcançaria tal lugar; é então que vemos o Fantasma de Esparta abandonar suas armas, pele pálida e tatuagens para se reunir com a filha, mas, em seguida, ele percebe que fazer isto custaria o fim do Mundo e consequentemente, o fim do próprio Elísios e de sua filha. Kratos então faz a escolha de deter Perséfone e os dois se enfrentam no pilar que sustenta tudo; aqui vemos o cumprimento de um mito acontecer, pois Atlas havia sido libertado e, durante o combate, parte do pilar foi destruído, após derrotar Perséfone, Kratos consegue acorrentar Atlas as bases do mundo exatamente onde o pilar havia sido quebrado, concretizando assim o mito de que ele segura o mundo nas costas.
Durante todo o game, Kratos se perguntou se poderia confiar nos deuses, mas, em face da destruição, fez sua escolha e fora elogiado por Athena quanto tudo acabou, porém, as palavras de Atlas, de que uma promessa dos deuses de nada vale, como sabemos pelos games futuros, não poderiam estar mais corretas!

 

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